Revolução da informação

Jean [...] Gold
14 min readFeb 6, 2024

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“O homem está condenado a ser livre e toda a sua existência decorre
desta condição. Assim, frente a uma decisão, o homem percebe o seu
total desamparo, já que não há nada que possa salvá-lo da tarefa de
escolher; em suma, nada pode salvá-lo de si mesmo.” (Jean-Paul Sartre)

Vive-se a revolução da informação. Desde o início deste século, com o tão caoticamente anunciado Big Bang do bug do milênio, a informática e os meios de comunicação, com sua gama de oportunidades em expansão, estão se tornando cada vez mais acessíveis a todos, alterando a maneira de viver em sociedade com suas interações de transmissão e recepção mais rápidas e mais abertas, mais sinergéticas e mais dinâmicas, e em uma
velocidade que ultrapassa a compreensão do mecanismo e do processo, e de todas as suas consequências. Essa sensação de acessibilidade esvaneceu a barreira entre privado e público, apresentando muitas estórias e reivindicações. Em um cenário de globalização, essas relações são potencializadas pelas novas tecnologias de informação e pelas redes de telecomunicações, com conexões e a transmissões instantâneas e
simultâneas, criando formas de sociabilidade que constantemente se adaptam, voluntária ou involuntariamente. As transformações culturais, políticas, econômicas e sociais irrompem-se com a multiplicidade de identidades locais em lutas por aceitação, pertencimento, legitimidade e representatividade. E por resistência.

Os antigos deuses e totens atualizam-se em novas vestimentas, as doutrinas e os dogmas se transmutam em pós-verdades, muitas negacionistas, e se espalham pelo manto invisível da conectividade global. O próprio saber é discutido. Essa subjetividade ilusória de autodeterminação significa a possibilidade de liberdade, sem hierarquias, sem barreiras institucionais e geográficas, nas necessidades de autoexpressão, informação, influência, aprendizagem, empoderamento e conexão. O oráculo digital virtual guia o caminho da realidade para se alimentar, para se vestir, para se exercitar,
para trabalhar, para se relacionar, para se informar, para se programar, indica a hora-minuto-segundo, o clima, a localização, o trajeto, o placar do jogo, a ação na bolsa de valores, e a imagem ao vivo da sala de casa. Mas esse aplicativo também dá voz. Cada segundo é importante, o delay (termo usado para designar o tempo de atraso de qualquer coisa) não é permitido, o ócio é o grande pecado capital. Quase não há mais pausa, nem contemplação, e nem silêncio. Não se tem mais tempo, agora atemporal nesse espaço de fluxos da sociedade de redes. O estresse é legitimado e a
obsolescência programada determina a própria vida, a “vida útil”. E com a
conectividade, o controle e a vigilância são reforçados pela propaganda da facilidade da transparência do consumo livre e da proteção da segurança pública e nacional.

Pós-verdade é um neologismo que descreve a situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais. Na cultura política, se denomina política da pós-verdade (ou política pós-factual) aquela na qual o debate se enquadra em apelos emocionais, desconectando-se dos detalhes da política pública, e pela reiterada afirmação de pontos de discussão nos quais as réplicas fáticas — os fatos — são ignoradas. A pós-verdade difere da tradicional disputa e falsificação da verdade, dando-lhe uma “importância secundária”. Resume-se como a ideia em que “algo que aparente ser verdade é mais importante que a própria verdade”. Para alguns autores, a pós-verdade é simplesmente mentira, fraude ou falsidade encobertas com o termo politicamente correto de “pós-verdade”, que ocultaria a tradicional propaganda política. O termo tem sido empregado com alguma constância desde meados da década de 2000, mas houve um pico de uso da palavra com o crescimento das mídias sociais.

Nesse capitalismo de vigilância, termo popularizado por Shoshana Zuboff (Big other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização de informação), a sociedade antes disciplinar e contratual agora torna-se uma sociedade conectada de controle.

Na primeira, para Hanna Arendt (The human condition, University of Chicago Press, 1998), a falibilidade humana na execução de contratos é o preço da liberdade. A impossibilidade do contrato perfeito dentro de uma comunidade de iguais é a consequência da pluralidade e realidade, garantida para cada um pela presença de todos. A força de promessa ou contrato mútuo é a única alternativa correspondendo à existência de liberdade dada sob a condição de não soberania.

Na segunda, para Hal Ronald Varian (Beyond Big Data), o mundo mediado por um computador aponta para um deserto árido onde o revigoramento humano, a partir de falhas e triunfos das afirmações da previsibilidade e do exercício da vontade face à incerteza natural, dá lugar ao vazio da submissão perpétua e da conformidade como resultado e efeito.

Em vez de permitir novas formas contratuais, surge uma nova arquitetura universal entre a Natureza e Deus, batizada por Zuboff de BIG OTHER, um regime institucional em rede que registra, modifica e mercantiliza a cotidianidade para estabelecer novos caminhos para a monetização e lucro, aniquilando a liberdade do Estado de Direito: na automaticidade baseada em estímulo-resposta, utilizando-se da psicometria, não existe fuga, não existe lugar para estar onde o outro também não esteja, todo caminho já está moldado pelos interesses financeiros e/ou ideológicos, com a falsa consciência produzida pelos fatos ocultos da modificação do comportamento mercantilizada.

Sutilmente a autoridade não age mais presencialmente sobre os corpos, mas remotamente sobre as mentes e memórias, através de mecanismos de influência da modulação das opções e dos caminhos de interação e de acesso aos conteúdos publicados. Algoritmos patenteados encontram os discursos, e até mesmo o estado emocional dos agentes, destinando essas informações a segmentos da rede ou a grupos específicos, as bolhas, que são amostras filtradas e organizadas conforme os anunciantes, seguindo critérios de impacto e objetivos previamente definidos. Em tempo real esses sistemas impessoais de disciplina e controle aprendem e produzem
certo conhecimento do comportamento humano independentemente do
consentimento, eis a questão. E se o poder já foi identificado com a propriedade dos meios de produção, agora é identificado com a propriedade dos meios de modificação comportamental. A modulação é contínua e o marketing a principal ferramenta de controle social, como alertou Gilles Deleuze, e graças ao surgimento de um novo tipo de individualidade psicológica com uma tendência narcisista principal, alvo apropriado para a invasão de bens. Apenas a tecnologia da informação possui a capacidade de automatizar e de informatizar, e esse poder instrumentário ameaça a autonomia individual e a democracia.

O sucesso do capitalismo depende do surgimento de novas formas de mercado que expressem novas lógicas de acumulação mais bem-sucedidas na tarefa de satisfazer as necessidades sempre em evolução das populações e a sua expressão na natureza cambiante da demanda. E é o que acontece atualmente. Para Zuboff, o capitalismo sempre rumou em direção a uma lógica de acumulação dominante e, passando pelo corporativo ao financeiro, com objetivos e métricas semelhantes, há pouca diferenciação competitiva real entre as indústrias, avaliadas com os termos de uma
única lógica compartilhada de acumulação. Com novas formas de organização e de propriedade sempre sendo inventadas, o capitalismo transforma-se, agora ele próprio atravessando uma fase de reestruturação no caráter econômico, social e cultural com a base material da sociedade sendo remodelada em ritmo acelerado. Através de uma mediação automatizada e informativa que torne a economia mais transparente e
cognoscível de novas maneiras, uma nova divisão de trabalho se torna mais relevante que a divisão tradicional de trabalho. Por exemplo, o assalariado que nasceu com o capitalismo, segundo Nick Srnicek (em uma entrevista concedida ao Le Monde em 18/02/2018), poderia desaparecer nos malefícios da automação que beneficiam apenas os proprietários das novas tecnologias. A lógica de acumulação produz suas próprias relações sociais, e com elas suas concepções e seus usos de autoridade e poder.

Com impactos local e global, vale lembrar que grande parte da população é excluída das vantagens dessa participação. Segundo Manuel Castells, há uma estratificação socialcrescente entre interagentes, isto é, pessoas abastadas e de alto grau de instrução, capazes de selecionar seus circuitos multidirecionais de comunicação e obtenção de informação, e receptores, com acesso limitado à informação e ao conhecimento, por fatores socioeconômicos e geopolíticos, a um número restrito de opções “pré-
empacotadas”. O abismo entre interagentes e receptores está expresso nas diferentes formas e privilégios de acesso à informação de que dispõem. E informação é poder, é hierarquia, é dominação. Vale lembrar também as regiões que recebem o impacto obscuro, seja na exploração das matérias-primas, seja na recepção do lixo produzido, geralmente pelo trabalho infantil e escravo, e pela destruição do meio ambiente.

Para Castells, que tenta compreender esse novo paradigma sob um prisma sociológico, a partir do conceito de informacionalismo, um novo modo de desenvolvimento privilegia o uso de tecnologia no processamento da informação e no suporte à comunicação simbólica como a principal fonte de produtividade social. É uma noção que abrange a formação de redes de informação e a nossa dependência do fluxo informacional que é criado por elas. O capitalismo adapta-se das máquinas à informação e começa a funcionar na rede: é o capitalismo informacional, onde o capital é a
informação. Se no industrialismo a tecnologia, entendida como a aplicação do conhecimento aos processos de produção de mercadorias, está voltada para o crescimento da economia, agora o conhecimento atua sobre o próprio conhecimento, gerando níveis cada vez maiores de acumulação de conhecimento e de complexidade no processamento da informação, em uma cultura do efêmero e da estratégia pessoal, em detrimento das regras das sociedades, uma oposição dialética entre a Rede e o Ser.

Transações comerciais e econômicas, fluxos de sistemas institucionais, dados de sensores, drones, dispositivos vestíveis, carros automatizados, nanopartículas que patrulham o corpo procurando por doenças, dispositivos de monitoramento do lar, bancos de dados governamentais e corporativos, pagamentos eletrônicos, avaliações de crédito, passagens aéreas, registros censitários e fiscais, operações de planos de saúde, cartões de crédito, seguros, telefonia, câmeras de vigilância pública e privada, emails, postagens, cliques, curtidas, matches, visualizações de páginas, tempo de leitura, áudio, música, fotos, vídeos e qualquer outro meio de comunicação em qualquer parte do mundo, sem consentimento, todos esses dados são adquiridos, tornados abstratos, agregados, analisados, embalados, vendidos, analisados mais e mais, vendidos e modelados novamente em hiperescala, por algoritmos que dependem de uma quantidade e qualidade do maior número possível de exemplos para extrair conhecimento, tornando o modelo mais adequado à realidade. Essa é uma das características de modelos de aprendizado de máquina. Os dados redefinidos como resíduos, a contestação da extração e monetização é menos provável. Tudo isso alimenta diariamente o Big Data, a “Internet de todas as coisas”: 3 bilhões dos 7 bilhões de pessoas no mundo em mais de 2,5 quintilhões de bytes abrangendo uma ampla gama de atividades diárias mediadas, como fonte de extração de dados e como alvo final
das ações que esses dados produzem. São tanto uma condição quanto uma expressão.

O número 1 000 000 000 000 000 000 = 1018, denominado trilião ou quintilhão, é o número natural que corresponde à designação de “um milhão de milhões de milhões”.

Face ao potencial democratizante, emancipatório ou antitotalitário da Internet, Evgeny Morozov critica o tecno-populismo na ciberutopia e no internetcentrismo, com suas promessas de um mundo melhor fundada na economia da cooperação e da partilha promovida pelas redes. Enquanto ele procura brechas na tecnologia que permitam explorar as contradições do capitalismo e dinamitá-lo por dentro, sugerindo que a digitalização de tudo e a nova dinâmica das redes tendem a corroer o sistema, ao mesmo
tempo ele reconhece que o liberalismo e a economia de mercado, pelo menos até aqui, têm sido muito mais espertos e ágeis, no sentido de enquadrar as transformações tecnológicas e fazê-las trabalhar a seu favor. O resultado é que a anunciada democratização de produtos e serviços foi atropelada por novas formas de comercialização nas mãos das grandes empresas.

“A Internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo
transformada no mais perigoso facilitador de totalitarismo que já
vimos.” (Julian Assange)

Nesse novo universo de comunicação global de informação, onde as corporações atuam nos vazios legais e jurídicos fazendo incursões em territórios privados não protegidos até que alguma resistência seja encontrada, urge uma governança capaz de aplicar leis e impedir tiranias. Uma lei de proteção de dados. Um novo contrato. Para combater abusos de poder, como programas de vigilância, espionagem global, violação de
privacidade, censura, repressão política, disseminação de propaganda nacionalista e extremista, difusão de notícias falsas (fake news).

“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o
presente, controla o passado.” (George Orwell)

Quanto aos fake news, a disseminação das mídias sociais e a cultura de
compartilhamento abrem margem para que a sempre existente desinformação atinja um novo patamar, uma maior visibilidade pela capacidade de influenciar os sistemas políticos, especialmente processos eleitorais, e acentuar a polarização política. O jornalismo se torna uma atividade com participação da massa. E o combate às notícias falsas não se resolve com fórmulas simples e prontas, mas com um conjunto de mecanismos que vão desde recursos técnicos até o investimento em educação e letramento digital, com restrições legais que devem ser elaboradas para combater a desinformação, respeitando a liberdade de expressão. Complementando com a afirmação de Morozov, a democracia está afundando na hipocrisia das suas elites, porque a crise tem origens econômicas, a velocidade e a facilidade de sua disseminação torna rentável produzir e compartilhar notícias falsas que atraiam cliques, sendo assim
fundamental repensar os fundamentos do capitalismo digital e minimizar a influência dos anúncios virtuais, com seus cliques e compartilhamentos, no modo de vida, de trabalho e de comunicação, delegando mais poder de decisão aos cidadãos.

É preciso lutar, aumentando as formas de atuação e mobilização, pela liberdade de expressão, pela maior transparência e acesso à informação relacionados à ampliação da cidadania, pelo direito à privacidade e neutralidade de rede, pelo debate sobre a vigilância de dados, contra os abusos dos órgãos governamentais e empresariais na prática de vigilância e contra a possível transformação da Internet em um mero instrumento de controle, a serviço do poder político e econômico.

Nasce assim o ciberativismo, ativismo nascido nas redes. Com movimentos de reivindicação cada vez maiores e com o aumento da adesão de instituições formais, manifestam-se procurando regulamentações para as práticas na Internet e deflagrando várias ações ciberativistas pelo mundo. Uma forma de ciberativismo são os cyberpunks que defendem o uso massivo de criptografia forte como uma maneira de direcionar mudanças sociais e políticas. E defendem o anonimato. Esse ciberativismo é focado em ideias libertárias e fortemente enraizado na cultura hacker.

Surgem vozes pelo mundo afora, como Edward Snowden (indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2014), Julian Assange (fundador do WikiLeaks e premiado pelo Amnesty International Media Award), Eli Pariser (cofundador da Avaaz.org), Nick Srnicek (filósofo, autor, associado à teoria política da aceleração e à economia pós-escassez), Shoshana Zuboff (professora emérita da Harvard Business School e autora de The Age
of Surveillance Capitalism: The Fight for a Human Future at the New Frontier of Power), Evgeny Morozov (pesquisador das implicações políticas e sociais do progresso tecnológico e digital), Kul Wadhwa (diretor da Wikipedia), e empresas como Graphyka, dentre muitas outras.

Amnesty International UK Media Awards é uma premiação concedido para jornalistas pelas ações em defesa dos direitos humanos, prêmio dado pela Anistia Internacional.

No Brasil, Mariana Valente (diretora do InternetLab e integrante do Núcleo Direito e Democracia do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, atuante em questões relacionadas a direitos e tecnologia), Sérgio Amadeu (professor adjunto da UFABC, defensor e divulgador do Software Livre e da Inclusão Digital), o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), a Cryptorave (evento anual que reúne em 36 horas diversas atividades sobre segurança, criptografia, hacking, anonimato, privacidade e liberdade na rede, para disseminar e democratizar o conhecimento e conceitos básicos de criptografia e software livre, como reação à divulgação de informações que confirmam a ação de governos para manter a população mundial sob vigilância e monitoramento constante), dentre muitas outras.

“Qualquer coisa que se possa fazer a um rato pode-se fazer a um humano. E
podemos fazer quase tudo aos ratos. É duro pensar assim, mas é a verdade. E não vai desaparecer se cobrirmos os olhos. Isto é cyberpunk.” (Michael Bruce Sterling, escritor norte-americano de ficção científica, mais conhecido por seus romances e sua obra seminal na antologia “Mirrorshades”, a qual definiu o gênero cyberpunk.)

A proteção dos dados pessoais no Brasil se aproxima do modelo europeu, uma vez que reconhece seu status de direito fundamental como desdobramento da tutela da privacidade. O país foi um dos primeiros países do mundo a insistir num enquadramento robusto dos direitos digitais, o chamado Marco Civil da Internet (2014). Há leis importantes como o Código de Defesa do Consumidor (1990), a Lei de Acesso à Informação (Lei no 12.527/2011), a Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil (2018), a Resolução Bacen 4658/2018, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (2020). Um modelo a seguir é o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), não apenas como um direito vigente para a Comunidade Europeia, mas porque seu alcance é indubitavelmente global. Agentes econômicos atuantes em mercados de países que interagem com a União Europeia, ou que pretendem se inserir nos novos segmentos de mercado na economia digital contemporânea, devem se preocupar com possíveis alinhamentos de suas legislações de proteção de dados de seus países a GDPR, em vigor desde 25 de maio de 2018.

As leis são essenciais para a harmonização de normas sobre proteção de dados e para conferir segurança jurídica com reflexos importantes na transferência internacional de dados e no respeito aos direitos cívicos e nos princípios da democracia.

A humanidade vive uma importante transição com a revolução da informação envolvendo todos os domínios da esfera humana. O que está sendo discutido e decidido repercutirá e influenciará por muito tempo no próprio conceito de sociedade.

Referências bibliográficas

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ZUBOFF, Shoshana, Big Other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização de informação in: BRUNO, Fernanda.
(Org.), Tecnopolíticas da vigilância — perspectivas da margem, São Paulo: Boitempo, 2018, p. 17 a 68.
MOROZOV, Evgeny, Big Tech — a ascensão dos dados e a morte da política, São Paulo: Ubu, 2018, p. 81 a 101.
CAROLINE DELMAZO, VALENTE, JONAS C.L., Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca
de cliques in:
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mj/v18n32/v18n32a12.pdf
A sociedade de controle — manipulação e modulação nas redes digitais (SOUZA, Joyce, AVELINO, Rodoldfo, AMADEU, Sergio.
(Org,s) 1a. ed., São Paulo: hedra, 2018, p. 13 a 46
DELEUZE, Gilles, Post scriptum sobre a sociedade de controle in: Conversações, São Paulo: Editora 33, 1990, p. 219 a 226.
https://grupodeestudosdeleuze.files.wordpress.com/2016/05/deleuze-g-conversac3a7c3b5es.pdf
Instituto Tecnologia e Sociedade & Graphica, POLÍTICA DE OPOSIÇÃO: influência e informação nas eleições de 2018 (atualizado em fevereiro de 2019).
Cartilha “Conhecendo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no Brasil — LGPD” (atualizada até fevereiro de 2019).

Documento publicado pelo IRISBH falando sobre o impacto da GDPR na proteção de dados no Brasil: http://irisbh.com.br/wp-
content/uploads/2018/06/GDPR-e-suas-repercuss%C3%B5es-no-direito-brasileiro-Primeiras-impress%C3%B5es-de-
an%C3%A1lise-comparativa-PT.pdf

BRUNS, Axel Bruns, Gate Keeping, gatewatching, realimentação em tempo real: os novos desafios do jornalismo in: Brazilian
Journalism Research (BJR).
https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/750/570

Política de oposição: influência e informação nas eleições de 2018. https://itsrio.org/wp-content/uploads/2019/02/politica-de-
oposicao.pdf

https://jornalggn.com.br/analise/a-manipulacao-da-democracia-atraves-do-big-data-por-hannes-grassegger-e-mikael-krogerus/
Robôs e ‘big data’: as armas do marketing político para as eleições de 2018.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-41328015
https://ideiabigdata.com/ideia-big-data-aposta-na-ciencia-da-psicometria-para-entender-o-eleitor-em-2018/
https://www.uol/noticias/especiais/esta-na-hora-de-voce-se-preocupar-com-seus-dados.htm#e-tudo-uma-questao-de-volume
A liberdade em Jean-Paul Sartre: responsabilidade, angústia e má-fé.
https://colunastortas.com.br/jean-paul-sartre/
Relatório acusa Apple, Samsung e Sony de conivência com trabalho infantil.
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160119_trabalhoinfantil_anistia_rp
http://www.gazetadigital.com.br/editorias/opiniao/era-do-informacionalismo/188661
http://www.digicomp.com.br/entenda-o-que-sao-os-algoritmos-preditivos/

https://www.lemonde.fr/idees/article/2018/02/18/nick-srnicek-le-post-travail-nous-liberera-des-contraintes-du-
salariat_5258767_3232.html

Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
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https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/50581/Res_46
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Marco Civil da Internet :
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regulamento_Geral_sobre_a_Proteção_de_Dados
Código de Defesa do Consumidor :
http://www.procon.sp.gov.br/pdf/CDCcompleto.pdf
Lei de Acesso à Informação :
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciberativismo
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adaptacao/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=17_5_a_tecnologia_da_adaptacao_e_como_vence_la

_o_ira_e_os_idiotas_uteis_a_washington_o_rastro_de_sangue_que_encurrala_o_cla_bolsonaro_insania_fanatismo_agiotagem_o
u_tudo_junto_e_misturado&utm_term=2019–05–20
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Imprensa livre é melhor arma contra ‘fake news’, diz diretor do BBC World Service Group.
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‘Estado não deve ser dono da verdade nem tutelar informação’, diz procurador-geral eleitoral sobre ‘fake news’.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47530604
https://jornal.usp.br/atualidades/livro-aborda-a-vigilancia-na-era-da-internet/

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